Batendo na minha porta
Na minha cidade com o termômetro quebrado
São os filhos do sol
Cresceram, se tornaram adultos;
E me esqueceram
Eu olho pela fechadura
Ando por um caminho escuro, ando só
Talvez eu os chame para entrar
E partilhar de todo esse dissabor
Frio como as calotas polares
Como a beleza que existe dentro de quem vê
Há uma voz ecoando na
minha cabeça
Não consigo ver a sua cor
Botões de ferro
Nem sempre desabrocham sozinhos
Acaba de desabar uma nova desconstrução
Espere até o momento delas racharem
Não tenho mais nada
Nem sequer uma ambição
Ao procurar algumas coisas
Encontramos outras
coisas
Minha lanterna entre acesa
Contínua troca de roupas
Olhai aquelas cores
Em constante mudança
Elas virão abaixo
Como fantasmas imaginários
Não há vida ou morte
Estamos nos alternando entre dois mundos
Não se sabe quando começam
Quando acabam os nossos estágios
Os filhos do sol
Mantiveram-se pequenos
Correndo pelas escadas de incêndio
De-me paradigmas e o meu livro de mutações
Talvez eu tenha deixado as fechaduras entre abertas
E os filhos do sol
Mantiveram-se ingênuos
Nenhum comentário:
Postar um comentário