sábado, 23 de junho de 2012

Os Mosqueteiros


Estavam a deriva,andando na rua
Athos,Aramis,D’Artagnan e Porthos
Eles não tem nenhum dinheiro
Sorriem uns para os outros
Seriam jovens por enquanto

O verão trouxe com ele uma sonolenta brisa ;
os anestesiou como nicotina
deixaram a mente entrar
pela porta dos fundos,pela porta da frente
os enlevou com uma sintonia fina

Eles não usam sapatos
O dia de amanhã,não mais os importa
Carregam fragmentos de uma trajetória inteira
O presente lhes tranqüiliza o diafragma
A insônia abraça a surrealidade
uma mão parasita,atrevidos em estréia

Eles carregam violões vermelhos
E só sabem tocar somente uma canção
Seus espíritos descafeinados,
sempre a se distorcer
a distorcer seus rivais insinceros
Eles flutuam sem rumo, por horas e horas
O destino é a sua dama de inverno

A aurora boreal os leva embora
Seus desejos são secretamente eternos
Eles atam e desatam velhas expectativas
abaixo dos seus pés não existe Atlantis
Não existem infernos

Hamilton Guilherme

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