sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sopro


Tatuagens saltam da minha pele
E passam a ter própria vida
Querendo ir mais alto
Lançando tudo pelos ares
Inesperar pela vinda

Vivo em constante metamorfose
Fora do incêndio,dentro dele de novo
Eu sacrifiquei o meu espírito de sacrifício
Esqueci os meus inimigos
Sanos,lúdicos,absortos

Figuras de abril
Relógios impontuais
Plácidos domingos
Semáforos,sinais

Estou cansado de velhos começos
E de medos emprestados por outros
Estou cansado de acertar os ponteiros
Não invejo mais o ouro dos tolos

Desopilei o meu rancor
E o coloquei na minha calçada,a venda
Não pertenço a mais nada
A mais nada que me pertença

Hamilton Guilherme

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