domingo, 3 de junho de 2012

Uma espécie de Chronos


Sonhos correm universo afora
Deixam rastros na areia
Vidas espalham flocos de morte
Nós e os outros,uma grande teia

Sinto o aroma do ultimo verão
Eu me perdi entre o tempo e o espaço
As paredes da minha mente
Tomadas por umidade
Quase doce;
Quase azedo;
Quase ácido

Aceite um abraço do oceano
Fazendo pegadas no pensamento
Sublime cardume de águas-vivas
Uma lágrima azul no firmamento

Anti-gravidade
Afaga minhas madeixas
Máscaras desfiguradas,novinhas em folha
Hipérboles gravadas
Na prudência de um relógio
Fui levado em minha gôndola

Hamilton Guilherme

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