sexta-feira, 15 de junho de 2012

A mais delicada alma




Por mares vaguei,
Em terras lutei,
E tudo que vi
Foi apenas uma ilusão.

Caminhar em terra firme,
Observar passos calmos,
Eu quero que você me confirme,
Eu delirei ao ver aquela alma?

Tão bela,
Já morta,
Tão sozinha,
De face dolorosa.

Seu olhar cativante,
Me fez ir além dos sonhos;
Teu sorriso aberrante,
Me fez flutuar até seu semblante.

Segui alucinado,
Em direção daquela alma;
Só mirei meus olhos,
E percebi que ela estava calma.

Me apaixonei por uma morta,
O que posso fazer?
Se vi você cair lá para baixo,
Saia detrás dos véus,
Venha comigo viajar,
Destruindo, roubando
E matando os anjos do céu.

Me apaixonei por uma morta,
Eu vi a mais delicada alma,
Eu a vi se virar sem falar nenhuma palavra,
Eu vi seus olhos se perdendo em mim,
Lembro que chorava,
E ela chorou;
Tenho que encontrá-la,
Perfurando as trevas,
Posso buscá-la.

Quando a encontrarei?
Se ela partiu em direção ao nada,
Como posso partir e deixá-la?
Se estava parada e abandonada;
Fiquei inquieto,depois quieto,
Queria ver suas dolorosas sombras novamente,
Eu queria de volta aquele inferno em minha frente.

Tão linda,
Tão morta,
Tão sozinha,
De face dolorosa.

Alan Lacerda

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