Lúcifer lunático
Ainda vive naqueles lagos lunares
Sob a luz daqueles halos de lua
Ainda escreve páginas sobre o seu auto-retrato
Há muito oceano além do prisma
Muito além da pluma
Lúcifer lunático
Ainda está com ossos em formação
Ainda calça o seu velho par de meias
Uma branca, outra preta;
Ainda acende pavios para se aquecer no frio
Rádios siderais tocam em sua distensão
Lúcifer lunático
Ainda prolonga curtas distancias
Vagões de trens correm de portas abertas
Noventa e nove chapéus de carbono
Voam sobre a sua memória
Ainda observa os raios caírem
Envolvido em inércia
Lúcifer lunático
Ainda deseja ser cada uma daquelas constelações
Ainda deseja ver o outro lado da lua
Tudo o que ele vê é branco e preto
Não vê sombras na atmosfera, apenas as escuta
Hamilton Guilherme
Vi o link do blog e da postagem no grupo Poetas, no Facebook, e decidi dar uma olhada. Há dois anos sou apaixonada por poesia, e mais que os famosos, amo esses poetas anônimos, que escrevem pelo amor de dizem o que pensam, sem esperar nada em troca.
ResponderExcluirGostei do seu estilo, você cria aquela coisa que o leitor só entende se prestar bastante atenção!