O céu se revolve entre tantos
crepúsculos
Ele está vivendo dentro de mim hoje
Eu permaneço entre estes cômodos
escuros
Os sapatos de ferro ficaram
minúsculos
Meu gêmeo de copas se esconde
dentro destas florestas de alumínio
sobressaltando,suspirando
até por cima do meu frágil
calcanhar
por cima do meu ventríloquo esguio
entretanto
tenho fotos antigas na minha parede
ainda tenho amigos imaginários
extensões da minha personalidade
acordes de violões desafinados
[Pois até Leviatã precisa de ar
fresco...]
eu saboreio um cálice da meia-noite
lutando dentro,estando fora
as florações estão mudando
como a sinuosa fumaça do meu
cigarro
meu incenso está tão idoso
Asmodeu trás o caos,trás o circo
está me assustando
corações estão caindo
todos destroem suas claustrofobias
o mundo está em chamas,esta noite
meus olhos estão trocando de cor
em perfeita assimetria
No alto dos últimos elevadores
Há um abismo,uma terceira mão
uma outra realidade
e suas concepções
cupidos de ópio,estrada de neblinas
delírios lisérgicos
e outras alucinações
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