segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sei que nada foi real




Não me lembro ao certo
Quanto tempo dormi
Os crimes que cometi
Os falsos
Os calados
Os pensamentos
Demasiados.

Para longe se vai a pequena nuvem
Ela me da um sinal de rancor
Aquele momento em que ela vai partir
É desgastante olhar para trás
A lua mais parece um cristal
Que em meus pensamentos contorcidos
Desfia em partes... por partes. solitária

E na escuridão com o vento
Me dizendo que a vida é uma perca de tempo
E na escuridão com o vento
Me dizendo que a vida é uma perca de tempo

Não sei ao certo
Como vim parar por aqui
Um jogo de erros
Onde você sempre será o perdedor
Meus braços cheios de furos
Não é difícil de imaginar
Ondas carnívoras
Ah um passo da morte
É melhor não olhar para os lados
Apenas feche os olhos para flutuar.

O guerreiro das sete espadas
Viaja pelo mundo sem que ninguém o veja
Voltando do espaço relembro os passos que fiz
Os mesmos lugares que percorri
E encontro com meu medo
Encontro nos sonhos delirantes
Que nada foi feito em mim
Sei que nada foi real
Foi a lua negra de Cristal
Foi as mais perdidas almas do tempo.
Em pó, raios atravessam meu cérebro
E eu me ensanguento.

Alan Lacerda

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