sábado, 13 de outubro de 2012

Longa Uivante Estrada









Eu olhava para os dias seguintes,
Mas não conhecia as estradas,
Pendurado nas estrelas,
Eu menti sobre cada historia que contei;
Em volta da fogueira,
Tem sido uma longa estada.

E a bruxa veio me assombrar,
Puxou os meus pés
sujos de cera,
Dizendo que não vai
me deixar em paz,
Até que eu me torne
aquela pequena estrela,
Pequena o bastante
Para brilhar diante dos dragões.

Buscando pelo que correr ou lutar,
Estou eu aqui,de volta aos meus pés,
Cavalgando em tornados,
Preenchidos pelo nada,
Mergulhando num oceano de espadas,
Amargurando-me através.

Vômito infernal,
Pulo para meu consciente e existo
Imploro por um pecado em vão,
Não ouço mais os céus,
Não piso mais nele também;
Então uma serpente,
Parte do nada para me beijar,
Tolo, não saia dai,
Fique onde estás e veja o dia clarear;
Olhei para trás e vi a anciã,
Dormindo nos braços da princesa.

Como a nova roupa do imperador,
Eu me escondo num muro de vidro,
Enquanto eu sou devorado por gafanhotos;
Enquanto o sol não vem,
Eu faço de mim,castelos de papel,
Em fantasias de outros.


Hamilton Guilherme e Alan Lacerda

Um comentário:

  1. "Enquanto o sol não vem,
    Eu faço de mim,castelos de papel,
    Em fantasias de outros."

    Parabéns!

    ResponderExcluir