quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Síncope da Perdição





Pulando de um mundo para o outro
eu sigo meu caminho entre as pedras
caídas entre o amor inexistente
corações sempre batem fora de sincronia
tudo se vai em boa hora
quando ninguém está presente

e agora o que vou fazer preso
entre muros sólidos e prepotentes
jogando o velho jogo da existência
na monotonia de olhos viciados
a realidade está em chamas lá fora
e somos vitimas da conseqüência

e ai sou eu que te pergunto
como faço para sair do meio dos muros?
Eles são mais altos do que se pode alcançar
E diante destes muros,me sinto imaturo

preso ao redor dos espinhos caídos
ferindo a minha alma,despindo meu meu ódio
vivo a dez pés de profundidade
e estou prematuramente vencido
intenso abraçando a minha infelicidade
corroendo minha humildade

os pássaros cantam mais não posso vê-los
as grades a frente tornam tudo isso um pesadelo
uma muda nasce em torno do caos
será que lá brotara a felicidade?
lembranças tons de cinza vem a minha mente
quando penso sobre tudo que passou
mergulho dentro do ontem,nada mais importa
a felicidade é uma ilusão nova,velha
 e se esconde em disfarces

caio em buraco que aparenta ser infinito
durante o trajeto passa um filme de minhas lembranças
caio em profundo desespero
inesperado estado de alucinação
animais se tornam falantes
conversam e se emocionam
arvores se tornaram mais doces
o amargo se torna mais doce
eu céus de algodão

Hamilton Guilherme e Luis Guilherme

Um comentário:

  1. Você se expressa por metáforas, e faz uma coisa que nunca consegui: escreve uma poesia sombria, que para mim é perfeita!

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