Costumava ser fluorescente
E escrever o meu nome na tinta vermelha
Costumava ser absorvente
Como um quarto quadrado de quatros
A se inundar na prata derretida
Costumava ser incandescente
Luas de concreto
Dedos ensanguentados
Morrer jovem e envelhecer rápido
É o que estamos prestes a fazer
Degenerado pela tintura
E pela caixa de risadas
Dissipar em raios e eletrodos
É o que estamos prestes a fazer
Cinco semanas para o verão
E sobre mim nenhum raio ardente
Eu quis ser os dias de dezembro
Eu quis ser a luz púrpura no poente
Após a guerra e além
Atando perdões e améns
Eu reencontro aqueles
Que nunca pensei reencontrar outra vez
Eu lembro das suas vozes
Como um cubo inquebrável
Falando com insensatez
As estrelas de amanhã nos pertencem
Rastejando até a Via-Láctea
Tropeçando nos próprios pés
Vendo o fogo e sendo a sombra
Sendo a hera crescendo ávida
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