Sentado olhando os corvos viajando no céu
Vejo suas asas
passarem como raios
E cair em direção da minha cabeça
Devorando minha pequena ilusão
Mas não será fácil como parece
Não estou disposto
A entregar minha alma ao corvo negro
Tudo que devo fazer é correr
Sem sair do lugar, e fingir que nada
está acontecendo.
Ao entrar naquela casa, disse o Diabo
Não veja a menina.
Ao entrar na segunda casa
Não ande em círculos, finja que nada está acontecendo
e acorde.
Eu não dei ouvidos. O céu já estava preto
E o apocalipse veio a tona.
Fiquei preso a uma porta
O corvo já tinha avisado
Não tem para onde fugir
Você é fraco e imundo.
Foi então que minha sombra em meu ouvido sussurrou
Você está morto.
Se até o mais perverso anjo chorou
Foi humilhado diante de seu pai
Devo achar a saída desse sufoco
Devo andar e pensar
Devo me aliar com Satanás.
Alan Lacerda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário