domingo, 24 de março de 2013

Um velho estado da mente






Estou indo para não mais voltar,
Estou voltando por um pouco mais,
Eu me farei crer,
Que cada dor é irreal,
Que viverei para não morrer jamais.

E nesse dia tão nublado,
Quero deitar o meu cansaço,
Sobre essas rosas,
Lindas e venenosas;
Quero fazer-me crer,
Que os olhos foram embora,
Eu tenho bastante tempo,
Até o sol dizer adeus.

Eu estive preso em minha memória,
Por todas estas gárgulas,
Que pairavam sobre mim;
Por entre sabores do purgatório,
Correndo com um cavalo de sangue puro,
Procurando o início, esquecendo o fim.

Nada, além disso, esteve tão quente,
Era esse sabor que eu queria sentir,do sangue,
Tudo era apenas um sonho;
Eu me perdi sobre tuas mãos que se abriram,
Eu sorri quando tuas pernas se juntaram,
Eu te virei as costas, por você ser fracassado.

Voe, e esqueça que viu o meu rosto,
Afinal, somos apenas pesados besouros,
Eu pensei estar livre,
Dos leões que me afrontam;
Eu sou mais um na multidão,
Carregando um coração absorto.

Hamilton Guilherme e Alan Lacerda

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