quinta-feira, 14 de março de 2013

Ruas de Sândalo









Por este caminho

Eu me perdi

Pelas ruas de sândalo

Onde o amor perdura

E os prédios suspiram

Onde o vento sopra as buganvílias

E as rosas selvagens

Invadem a minha memória



Por um leve segundo

Por um curto minuto

Poderíamos cessar balbúrdias



Talvez eu veleje entre os dias

E me perca por entre as horas

Talvez eu me torne trevas

Antes que eu veja o dia lá fora



A via-láctea cai sobre nossas cabeças

Os zéfiros sopram os meus cabelos pardos

Eu me perdi nos campos lavandas

Eu me perdi entre mares e barcos



Liberta-te do cárcere que te rende

Esta chovendo na lua,outra vez

Eu bebo as tuas lágrimas

Por entre caos e carnificina

E demônios no céu

Eu bebo minhas lágrimas

Meu escarlate torna-se oceano


Hamilton Guilherme

Nenhum comentário:

Postar um comentário