A noite deve cair
E os meus rastros então, partir;
Os meus sentidos, adormecem
E eu perdôo cada trapaceiro
Meu suspiro, velho dezembro
Aqui então, os céus padecem
Eu avistei a gôndola celeste
E fui convidado a subir a bordo
Seu rastro, riscava as nuvens;
A me enaltecer, enquanto eu desacordo
Eu passei pelo caos das ruas
E pela lua que me inebria
Eu passei pelas catedrais
E sanatórios onde eu vivia
Eu passei pelas ruas de cetim
E pela melodia que se propaga
Pela minha irmã que nunca dorme
E pelo meu gêmeo que nunca fala
Noite, longa, noite
Longa noite sem sono
Noite, nublada noite
Meus montes de sombras
Abraçam o cinzento outono
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