domingo, 3 de março de 2013

Longa Noite Sem Sono






A noite deve cair

E os meus rastros então, partir;

Os meus sentidos, adormecem

E eu perdôo cada trapaceiro

Meu suspiro, velho dezembro

Aqui então, os céus padecem



Eu avistei a gôndola celeste

E fui convidado a subir a bordo

Seu rastro, riscava as nuvens;

A me enaltecer, enquanto eu desacordo



Eu passei pelo caos das ruas

E pela lua que me inebria

Eu passei pelas catedrais

E sanatórios onde eu vivia



Eu passei pelas ruas de cetim

E pela melodia que se propaga

Pela minha irmã que nunca dorme

E pelo meu gêmeo que nunca fala



Noite, longa, noite

Longa noite sem sono

Noite, nublada noite

Meus montes de sombras

Abraçam o cinzento outono


Hamilton Guilherme

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