segunda-feira, 25 de março de 2013

Brumas




Noite presente, de ruas passadas

Eu admiro a constelação desejada

Tenho em mim,poucas palavras

Pedaços de uma velha

conversa imaginaria



Olhando para fora

Tentando ir embora

Procurando alivio

em perdidas horas



O Arqueiro teme a noite

Correndo através do fogo

Enquanto os mundos se colidem

Eu caio nas sombras de outro



Espera que o escuro já vem

Os céus se tornam lilás

Eu bebi todo o licor

A última lagrima cai



Venha e fale comigo

Pois já estou fadigado

De ouvir o rosnar das máquinas

O ruído das bocas vazias

Venha e segure a minha mão



A escuridão se cala

Em meio aqueles

que nascem e morrem

Em meio ao tráfego das cidades

Como o fogo que arde

De dentro pra fora

Como a sirene que se vai

Ao longe



Orvalho que corre

Por entre a madrugada

Tu conheces os meus ossos quebrados

E o imperador que nunca se cala

O destino nunca esteve aqui

Esperando por alguém

O que não era,e o que tinha de ser

O destino corre com horas erradas


Hamilton Guilherme

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