segunda-feira, 18 de março de 2013

Os Antigos





Observando o ciclo da lua,
E os deslocamentos planetários,
Eu quero chamar quem está no infinito
Onde o vazio é a luz mais escura.

Em eras primitivas
De onde o homem iria nascer
Os antigos aqui desceram
Vieram do norte do espaço
E caminharam sobre esse chão quente e seco
Onde tudo era apenas pó.

Como parasitas, começaram a deixar descendentes.
Suas mãos congeladas abriram caminhos nesse clarão
Como o fogo do inferno, que dilata sua pele.
E tudo aquilo que os Deuses desconheciam, eles amaldiçoaram.

As criaturas que aqui ficaram
Revoltaram-se contra o seus deuses
E logo eles viram que tudo aquilo era uma fantasia divina
E os mandaram para um lugar frio e sombrio.

As nuvens penetravam sobre suas cabeças
Fazendo com que seus filhos sofressem sobre eras
Rituais eram feitos em seus nomes
Costelas, mandíbulas e crânios eram colocados nos pilares
Não ousa chamar, oh homem, sem fazer o signo
Não ousa a querer a escuridão sem saber controlar o seu véu
Não queira o desconhecido se for incapaz
Ou ela perfurará seu coração maldito.

Todo esse nó preso em meu cérebro está desatando
E mais uma vez estou partindo para essas mentes insanas.


A cada por do sol, nasce a Rainha negra
Os antigos estão escondidos sobre o seu ventre
Que de tempos em tempos observam a raça humana
Com ódio e desprezo
Para que um dia
Estejam preparados para penetrar suas almas.

Alan Lacerda

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