I
Eu carregava
Uma arma de prata
Desde o dia
Em que fugi de casa
Eu era escuro e sombrio
tinha tudo,quase nada
Eu possuía tudo
Que não precisava
Nobre Porcelana
Belo inverno,vem do norte
Eu sou um nobre forasteiro
Abandonado a própria sorte
II
Quando eu era mais jovem
E você mais velho
Tão pequeno para morrer
Éramos virgens de nossos vícios
Venha e me deixe viver
E eu ouvi toda a sua historia
Então eu disse: - Adeus,terra sangria
Dois pés descalços, numa mente vazia
Eu estarei perdido em qualquer lugar
III
Eis o inicio do inicio
Pequenos rabiscos
Meu Novo divino
Viver é um jogo
E estou perdendo
É uma desventura
E estou cedendo
Há um portão entreaberto
Esperando a nossa chegada
A dissipada bem-aventurança
Um espírito sob a escada
IV
Trancado em novo mundo
Onde abracei
sonhos aveludados;
Na minha leve inocência
Sapatos de ferro
Onde tenho estado
Eu tenho um leão
Em meus braços
E barris velhos
Cheios de nada
Eu sou uma pena ao vento
Sobre o deserto desatento
Eu sou sutilmente
Dois passos na água
V
Quando o meu coração
Bate mais depressa
Minha quase morte
Quase dispersa
Eu me torno poeira
Caminhando sob o sol
Sobre terra vermelha
Infernos de mim
Colidem estrelas
Hamilton Guilherme