segunda-feira, 13 de maio de 2013

Nascido Ontem





I



Eu carregava

Uma arma de prata

Desde o dia

Em que fugi de casa

Eu era escuro e sombrio

tinha tudo,quase nada

Eu possuía tudo

Que não precisava



Nobre Porcelana

Belo inverno,vem do norte

Eu sou um nobre forasteiro

Abandonado a própria sorte



II



Quando eu era mais jovem

E você mais velho

Tão pequeno para morrer

Éramos virgens de nossos vícios

Venha e me deixe viver





E eu ouvi toda a sua historia

Então eu disse: - Adeus,terra sangria

Dois pés descalços, numa mente vazia

Eu estarei perdido em qualquer lugar



III



Eis o inicio do inicio

Pequenos rabiscos

Meu Novo divino



Viver é um jogo

E estou perdendo

É uma desventura

E estou cedendo



Há um portão entreaberto

Esperando a nossa chegada

A dissipada bem-aventurança

Um espírito sob a escada



IV



Trancado em novo mundo

Onde abracei

sonhos aveludados;

Na minha leve inocência

Sapatos de ferro

Onde tenho estado



Eu tenho um leão

Em meus braços

E barris velhos

Cheios de nada

Eu sou uma pena ao vento

Sobre o deserto desatento

Eu sou sutilmente

Dois passos na água



V



Quando o meu coração

Bate mais depressa

Minha quase morte

Quase dispersa

Eu me torno poeira

Caminhando sob o sol

Sobre terra vermelha

Infernos de mim

Colidem estrelas


Hamilton Guilherme

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