Avistei a deriva;
Sozinho na rua
Um estranho na rua
Sob o véu da montanha
Um amigo de infância
Sinuosa andança
Lua após lua
Então ele disse:
- Tuas lagrimas
Provocam as minhas;
Lagartas que nunca
Terão um casulo
O feroz caçador
Irá nos caçar
És um estranho à deriva
Numa chuva de junho
Eis aqui o lugar
Errado para se estar
A coruja que voa
Já não enxerga mais
É tarde para morrer
Na idade da lua nova
Emaranhar, jamais
Então, venha
De sangue morno
De sangue puro
De sangue rubro
De sangue sujo
Doce sangria
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