sábado, 11 de maio de 2013

Estranho na Rua





Avistei a deriva;

Sozinho na rua

Um estranho na rua

Sob o véu da montanha

Um amigo de infância

Sinuosa andança

Lua após lua



Então ele disse:

- Tuas lagrimas

Provocam as minhas;

Lagartas que nunca

Terão um casulo

O feroz caçador

Irá nos caçar

És um estranho à deriva

Numa chuva de junho



Eis aqui o lugar

Errado para se estar

A coruja que voa

Já não enxerga mais

É tarde para morrer

Na idade da lua nova

Emaranhar, jamais



Então, venha

De sangue morno

De sangue puro

De sangue rubro

De sangue sujo

Doce sangria


Hamilton Guilherme

Nenhum comentário:

Postar um comentário