domingo, 26 de maio de 2013

Natureza Morta






Perco o sabor

Num dia qualquer;

Todos os rostos

São os mesmos

Todos os loucos

Passaram primeiro

Desde o alvor

Eu anoiteço



Pessoas chegam

Pessoas saem

É tão sóbrio ás vezes

Na velha metrópole

Pessoas caem e caem

Como a chuva aguçada

E eu vivo por um dia,

Não penso na morte



Perco-me na ilusão

Do meu coração

De Demétrio

Em minha utopia;

Embriaguez;

Eu sobrevivo

E quase revivo

Em meu presente

Pretérito






Hamilton Guilherme

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