I
A liberdade aflora
O caminho não espera
Estrada virgem
Diante dos meus pés cansados
Eu poderia esperar pelos falcões
Eu poderia estar muito atrasado
Alguma forma de liberdade
Espera pelo meu veludo pardo
Futuro poderia ser
Uma esperança de cura
Mas disso nós nunca saberíamos
Nunca saberíamos
II
Encha o meu cálice
Até que ele transborde
Faça-me sorrir
Com o meu chorar
A chuva fina, cai lá fora
Eu lembro das folhas douradas
Das cinzas no incensório
Nada mais a inesperar
A chuva fina,cai dentro de mim
E eu nunca venci um jogo sequer
Talvez não acredite nas palavras “para sempre”
Dançando sobre os ossos de outros
Eu apago palavras que eu nunca disse
Eu caio livre sob um céu ardente