sábado, 1 de dezembro de 2012

Revolução Púrpura








Eu caminhei sobre os ossos
E quebrei toda a mobília
Adagas cegas cortam o seu falso brilhante
Nos perdemos o toque
E os sapatos de granizo
Alfinetes despedaçam o caminho adiante

O herói está morto
E não queremos um outro
Somos pele e carne morta
Para um abutre canoro

Numa batalha por liberdade
Para quebrar todos os ismos
Cada soldado estava quebrado
Desde o início

Faixas coloridas, fora do ar
Em floração mútua, nos padecemos;
Balbuciando em minha narcose
Em cinzas vulcânicas
Em minha hera de amargo veneno

Hamilton Guilherme

Nenhum comentário:

Postar um comentário