segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A espera do tempo




Espere pelo tempo
Ele nunca falhará em teu ser
Espere pelo tempo
E sua dor desaparecerá
Depois de uma longa noite
Quando os pássaros vão saindo
Se preparar para o amanhecer.

E andando pelos campos
Eu te vi em flores
E estava de cabeça baixa, sozinha.
E o que faz ai? Pule para as bordas
De plutão. Mas não escorregue.
Mas você está indo
Você se foi
Então falhou comigo, quebrou o juramento.

Espere pelo tempo
Como eu estive esperando o teu cair
E então seu corpo adormece
Seus olhos se fecham em um lugar
Profundo e escuro
O dia se faz brilhante
Mas você está parado
Como um brinquedo
Velho e desgastado
Como alguém que não faz falta
Como alguém que se foi
E por muitos anos
Nunca e ninguém pronunciará
O teu nome pelos movimentos cortantes
Você se foi, e então falhou comigo.
Espere pelo tempo que se renova
A cada instante, desgastante, sufocante.
E difícil de ser mastigado.


 Alan Lacerda


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