Quando passa o trem às seis
Do caos daqui,para o caos do além
O que você faz,o que você fez
Entre perdões e améns
o dia é mais desbotado aquém
E quem seriamos nós
Talvez uma sobra para outro falecer
E o que seriamos nós
Botões e nódulos deixados, por fazer
Quando vem a embriaguez
E eu quase volto a ter dezesseis
Eu inespero com avidez
Entre ladrões e injustos reis
O dia é mais enfastioso aquém
Você me deixou falando sozinho
Por entre o escuro das horas vagas
Como uma palavra que já foi dita
Alguém esqueceu a porta aberta
Eu desliguei os jardins
E os pássaros que ali cantavam
Sob as cinzas dos cemitérios
Eu passei pelos quartéis
E canções da Andaluzia
Sob o trafego das ruas
Onde os muros sussurravam
Eu estive parado aqui
Por entre a multidão e o caos urbano
Por entre o som dos trens passando
Eu suspirei suavemente
Como aquelas garotas em seus dezoitos
Como velhice aos dezenove
Eu estive parado aqui
Em meus sonhos
Como um fantasma na multidão
Por entre nuvens passando
Aqueles eram tempos modernos
Ah,aqueles tempos modernos
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