Eis Aqui o grande tempo
Ele flui solene
Por entre as cinzas no vento
Por entre luas atrás
Esquecidas para perder
Os velocinos de ouro
Os calendários desatentos
Ando pela estrada aberta
Como um pedaço de vento
Ah,como eu queria um oceano de oceanos
O fogo volta,de volta ao ano
Das nuvens de tempo nenhum
Da ilusão do meu colar elizabetano
Olhai os filhos de Hélio
Sob o céu de vultos negros
Eles irão cair tão depressa
como uma chuva quieta em janeiro
Fomos lacrados,outra vez
Em regeneração espiritual
Para morrer uma outra vez
Para viver numa outra tez
Em regeneração espiritual
Como veneno após a vida
Eis aqui o grande tempo
Ele vem amanhã cedo
Ele é um buraco negro na televisão
E não importa em que ano estivermos
Ele é um idoso neófito
Desfazendo o seu primeiro casulo
Desabrochando de um escuro, quase eterno
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