Às
seis horas passaram-se demasiadamente
E
com ela também o meu vício matinal
Que
dia após dia se repete constantemente
Ela
partiu sozinha e se lamentando
Ela
deitou pensando e se recordando
Eu
quieto tentando esconder
Eu
escapando sem ter pra onde correr
Às
nove horas passaram-se
E
retornei ao meu vicio matinal
Um,
dois, três
Ou
cem pensamentos vazios
O
que esse veneno negro poderia causar?
Respirando
bem tranquilo ao por do sol
Ao
pegar uma arma meu sangue sobe
E
a chuva limpa a pólvora de cada final de tarde
E
assim como se nada estivesse acontecido
Chega
até ser irônico
Calado
Lento
Quase
dando por despercebido
Um
sorriso falso
Mas
por dentro todo petrificado
Vivendo
de falsas alegrias
Do
mesmo modo
Atrás
das nuvens negras a lua sorri pra mim
Mas
eu sei
Eu
bem que sei
Que
ela só está tentando me consolar
Esmagando
meu orgulho até a morte
Voando
alto para não se suicidar.
Alan
Lacerda
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