Não
há ninguém nesta casa, estou sozinha por dias
E
tudo isso me trás coisas ruins.
Tudo
que se passa pela minha cabeça
Parece
ser de tamanha realidade que me sufoca.
E
então eu lembro que hoje é dia de me torturar.
Nada
que eu me orgulhe
Envergonha-me
a verdade
É
um ciclo vicioso de derramamento de sangue
E
na hora em que eu choro,
O
sol se torna confuso sob meus olhos.
Todos
os dias passo pelo mesmo vagão da morte
Com
o mesmo desejo em mente, de ir e nunca voltar.
Todas
as vezes que tento ir, alguém me puxa novamente.
É
por este motivo que estou acorrentada pelo Diabo.
Talvez
um dia você possa entender
A
minha dor de ser incapaz.
Nada
que vá além dos sonhos mais bizarros
Dos
meus braços que estão estendidos e já mutilados.
[...
pausa...] E um respiro profundo cortou o ar.
E
você? O que fazia quando a chuva caia?
Quando
o sol se escondeu atrás das nuvens pálidas?
Não
quero que se contamine com a escória
De
levar contigo o desejo de morte e piedade
Eu
consigo reparar sozinha minha sombra
E
encontrar um foco de luz em meia a tempestade.
O
que é mais irreal?
Um
quarto escuro e cheio de tentações,
Ou
o meu rosto diante de um espelho todo deformado?
Não
pense, você pode ir longe demais e chegar a loucura.
Pense
apenas que eu sou seu sonho
E
que eu sou irreal
Com
isso não vai dar tempo de você respirar
E
espalhar minhas tristezas, não sobrará tempo suficiente
Para
inspirar as aberrações.
Alan
Lacerda