sábado, 24 de novembro de 2012

Conversa Imaginária







Luzem escapam
Relógios param
Mas o circulo deve continuar
Cavaleiros falham
Anestesias matam
Mas a voz deve propagar

Quase despido
De minha armadura
E de irmãos de pão e circo
Eles podem quebrar uma alma
E transformá-la em penas
Penas sopradas
Para um litoral antigo

Aqui eu liberto a poeira
Soprada pelo vento
Conhecendo o limbo
Para chegar ao paraíso
Assim que as horas passam
E o relógio corre lento

Submerso nas estrelas de órion
De volta aos pássaros na janela
E ao abraço das casas do subúrbio
Para onde foi a minha velha face
E as canções em papel carbono
Para onde foi o retrogrado mercúrio

Poeira de cobre
E árvore calada
Onde cresce a grama dourada
E o sol nos queima
Onde crescem as flores de pedra
e o litoral adormece
na borda do paraíso
onde crescem os campos de amoreiras

Há uma única estação de trem
Para dentro dos espelhos
Ou para os jardins do subúrbio
Há um  barco no porto
E ele foi embora
Agora somente as estrelas
São o único refúgio,
Flui o oceano de Prússia
E a dança das cores
Flui o clico de hipnose
E a violência das flores

Hamilton Guilherme

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